
Refletindo o pessimismo crescente dos investidores em relação às políticas tarifárias de Trump, o mercado no dia de ontem (13/03) reajustou entrando em território de correção. Nesta sexta-feira (14/03) os principais índices futuros da Bolsa de NY abrem em alta em reversão da volatilidade da véspera. Às 9h00 no horário de Brasília o índice futuro do S&P500 operava positivamente em 0,93%, enquanto o Dow Jones futuros posicionava-se em 0,62% e por fim o futuro da Nasdaq subia 1,22%.
Mesmo com o reflexo negativo no mercado, integrantes do governo de Donald Trump mantêm seu discurso defendendo as medidas de políticas comerciais tomadas recentemente, afirmando que as tarifas são necessárias para corrigir desequilíbrios no comércio exterior e estimular a criação de empregos, além de estarem fortalecendo a indústria interna.
Ontem as ameaças de Trump foram suficientes para que houvesse forte recuo dos mercados com a escala de novas tensões comerciais, o presidente norte-americano ameaçou impor tarifas de 200% sobre vinhos e champanhes europeus, em resposta a retaliação da União Europeia em determinadas importações de produtos dos EUA.
A guerra comercial continua a gerar incertezas sobre as perspectivas econômicas, com analistas apontando riscos para o crescimento do país. Hoje os investidores de Wall Street aguardam a importante divulgação de dados da confiança do consumidor, indicador é de tamanha importância para avaliar a disposição dos consumidores em gastos com o varejo.
Em commodities, o petróleo voltou a registrar altas, nesta sexta-feira os preços da commodity atuam mediante as falas do presidente russo, Vladimir Putin, que criou certas resistência ao cessar-fogo no conflito na Ucrânia. Putin afirmou na quinta-feira que, embora a Rússia apoie o plano em princípio, algumas condições ainda precisam ser esclarecidas antes que um acordo seja alcançado. A possibilidade de um acordo levar ao fim das sanções globais contra a Rússia e seu eventual retorno à produção de petróleo no mercado, pode exercer pressão de baixa sobre os preços do barril.
No Brasil, a desaprovação de Lula continua avançando, a mais recente pesquisa da Ipsos-Ipec, divulgou ontem que 41% dos brasileiros consideram a atual gestão do PT como “ruim” ou “péssima”. A tendência do mercado em meio destas movimentações políticas é de otimismo, deve-se aguardar a reação de investidores com a popularidade de Lula decrescendo a cada divulgação. Recentemente o governo adotou medidas para reverter a queda de popularidade, como um novo programa de crédito consignado e isenção de impostos para importação de alimentos, considerado para o mercado um “tiro no vento”, afinal, os alimentos isentos representam menos de 1% das importações do país.
Ontem a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o próximo Presidente da República não conseguirá governar com o atual arcabouço fiscal.