
A “Superquarta” de decisões monetárias impactou diretamente o mercado de câmbio brasileiro nesta quinta-feira (18). O dólar à vista abriu em baixa, mas reverteu o movimento e voltou a subir frente ao real. A dinâmica reflete a reação do mercado ao início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos, que contrasta com a decisão do Banco Central do Brasil de manter a taxa Selic em 15% ao ano.
Na quarta-feira (17), o Federal Reserve (Fed) reduziu sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para um intervalo de 4% a 4,25%. Mais do que o corte em si, o que pesou sobre as cotações do dólar globalmente foi a indicação de que mais duas reduções de mesma magnitude podem ocorrer até o fim de 2025.
No mesmo dia, após o fechamento dos mercados, o Copom anunciou a manutenção da Selic, reforçando que a taxa permanecerá nesse patamar por um período prolongado. A ampliação do diferencial de juros entre os dois países deu um novo impulso ao real no início da manhã, levando o dólar a recuar nos primeiros minutos de negociação no Brasil.
No entanto, o movimento do dólar no exterior, que subia frente a outras divisas, e a realização de lucros por investidores no mercado local levaram a uma reversão da tendência, com a moeda americana voltando a ganhar força ao longo do dia.