Autoridades dos Estados Unidos e da China se reuniram neste domingo em Madri para mais uma rodada de conversas, a quarta em quatro meses, com o objetivo de aliviar as tensões comerciais que se intensificaram sob o governo do presidente Donald Trump. A delegação americana, liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo representante comercial, Jamieson Greer, se encontrou com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e outros negociadores.

Especialistas avaliam que a probabilidade de um avanço substancial nas negociações é baixa. O ponto mais provável de resolução imediata é a extensão do prazo para que a ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, venda suas operações nos EUA. O prazo, que vence na quarta-feira (17), deve ser estendido pela quarta vez, segundo fontes próximas às discussões.

Além do TikTok e das tarifas comerciais, a agenda em Madri também inclui a exigência dos EUA para que a China intensifique a repressão ao envio ilícito de produtos de tecnologia para a Rússia, que ajudam no esforço de guerra na Ucrânia. O Tesouro americano destaca a necessidade de esforços conjuntos para combater a lavagem de dinheiro, uma pauta que visa cortar o financiamento russo.

O encontro em Madri é mais um esforço para evitar que a frágil relação comercial entre as duas potências se deteriore ainda mais. No entanto, o histórico recente das negociações sugere que o caminho para um acordo de longo prazo ainda será longo e complexo.