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28 de abril de 2025

TEMPORADA DE BALANÇOS, NEGOCIAÇÕES COM A CHINA E BOLETIM FOCUS

Na manhã desta segunda-feira (28/04), os futuros dos principais índices norte-americanos operam em leve baixa, refletindo a expectativa de uma semana marcada por alta volatilidade, impulsionada pela intensificação da temporada de balanços corporativos. Até o momento, mais de 175 empresas componentes do S&P 500 já divulgaram seus resultados trimestrais, com cerca de 70% superando as estimativas do mercado — um desempenho que, em tese, poderia sustentar o apetite por risco, apesar das incertezas externas.

Na última sexta-feira, os principais índices de Wall Street encerraram o pregão em alta, impulsionados tanto pela divulgação dos balanços positivos quanto pela percepção de possível distensão nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, com destaque para o forte desempenho do setor tecnológico.

Apesar das alegações de que o presidente Donald Trump teria anunciado negociações sem iniciar imediatamente o diálogo formal, o governo chinês rapidamente sinalizou boa vontade ao mercado ao isentar algumas importações norte-americanas das tarifas de 125% — retaliações anteriores às tarifas de 145% impostas pelos Estados Unidos.

Trump, por sua vez, reiterou que a remoção das tarifas contra a China dependerá de concessões substanciais. Em suas palavras, “a abertura da China seria uma grande vitória”, e garantiu que seu governo pretende adotar uma postura “razoável” nas tratativas comerciais.

Ainda assim, o cenário para um acordo definitivo permanece incerto. As tensões acumuladas nos últimos meses deterioraram a confiança entre as duas potências, tornando a perspectiva de uma resolução no curto prazo bastante limitada. Durante o fim de semana, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, evitou endossar categoricamente as declarações de Trump sobre o andamento das negociações, enfatizando que o processo tende a ser “longo e árduo” e que, no momento, não há um cronograma definido para um eventual acordo.

Em outras declarações recentes, Trump criticou práticas tarifárias adotadas por países como Brasil, China e Índia, argumentando que essas nações se fortaleceram economicamente ao proteger suas indústrias locais. Ele defendeu a imposição de tarifas elevadas como instrumento para gerar receitas bilionárias e fomentar a reindustrialização dos Estados Unidos.

No cenário doméstico, os investidores brasileiros voltam suas atenções, nesta segunda-feira, à atualização do Boletim Focus. O relatório trouxe uma ligeira revisão para baixo nas projeções de inflação para 2025, passando de 5,57% para 5,55%. As expectativas para o câmbio permaneceram em R$ 5,90, enquanto a projeção para o crescimento do PIB se manteve estável em 2,00%. Já a taxa Selic, pela 16ª semana consecutiva, foi mantida em 15% ao ano, indicando estabilidade na condução da política monetária.

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